quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Todo vertebrado possui vértebra? 

A resposta é: NÃO! 

Os agnatos (Agnatha) são classificados como vertebrados, embora não possuam vértebras completamente formadas nem maxilas, apresentando boca circular sugadora. 

Estes indivíduos, conhecidos também por ciclostomados (Cyclostomata), são representados pelas lampreias e feiticeiras. O corpo destes animais é cilíndrico e alongado, dotado de esqueleto cartilaginoso e sem escamas. Possuem encéfalo simples.
Lampreia: um vertebrado que não possui vértebra
Feiticeiras 

As feiticeiras, indivíduos da Classe Myxnini, são marinhas, tendo cerca de 14 espécies como representantes. Carnívoras, se alimentam principalmente de pequenos crustáceos e peixes mais lentos, com auxílio de seis tentáculos, localizados na boca, e pequenos dentes. 

Possuem olhos degenerados ou rudimentares, recobertos por pele espessa. A pele, que possui coloração que varia de rosa à púrpura, possui um número abundante de glândulas de muco. 

Esses indivíduos são monóicos, com cada indivíduo apresentando um dos sexos de forma funcional. O desenvolvimento é direto, sem estágios larvais. Vivem semi-enterradas no fundo dos mares, em substrato lamacento. 

Lampreias 

As lampreias, indivíduos da Classe Petromyzontida, são representados por aproximadamente 45 espécies, distribuídas em regiões marítimas e de água doce, de regiões temperadas. 

São ectoparasitas de peixes, golfinhos e baleias, alimentando-se de fluidos de seus hospedeiros, com auxílio de dentes córneos e língua com dentículos, também córneos. Sua boca funciona como uma ventosa, para se fixar nos animais que parasita. Estes raramente morrem, mas ficam debilitados e com uma ferida aberta no corpo. 

Esses animais possuem olhos grandes e bem desenvolvidos e são dióicos, com fecundação externa. O desenvolvimento é indireto e as larvas, chamadas amocetes, são filtradoras, vivendo enterradas na lama.
                                          
iclo Menstual
O ciclo menstrual é o termo científico para as alterações fisiológicas que ocorrem nas mulheres férteis que têm como finalidade a reprodução sexual e fecundação. Este artigo foca-se apenas no ciclo menstrual humano.
O ciclo menstrual, regulado pelo sistema endócrino, é fundamental para a reprodução. É frequentemente dividido em três fases: a fase folicular, a ovulação e a fase luteínica, embora algumas fontes refiram um conjunto diferente de fases: a menstruação, a fase proliferativa e a fase secretora. Os ciclos menstruais contam-se a partir do primeiro dia de hemorragia menstrual. A contracepção hormonal intervém nas alterações hormonais naturais de forma a impedir a reprodução.
Estimuladas por quantidades cada vez mais elevadas de estrogénio durante a fase folicular, as hemorragias menstruais abrandam até cessarem por completo, e o endométrio do útero torna-se mais espesso. Inicia-se então o desenvolvimento dos folículos nos ovários, através da influência de um conjunto complexo de hormonas. Após vários dias, um ou ocasionalmente dois dos folículos tornam-se dominantes, e os restantes atrofiam e morrem. Por volta do meio do ciclo, e 24 a 36 horas depois do pico de afluência de hormônio  luteinizante (LH), o folículo dominante liberta um óvulo durante um estágio designado por ovulação. Depois deste estágio, o óvulo apenas sobrevive durante 24 horas ou menos caso não ocorra fertilização, enquanto que os resquícios do folículo dominante no ovário se tornam corpos lúteos, produzindo grandes quantidades de progesterona. Estimulado pela presença desta hormona, o endométrio altera-se de modo a preparar-se para potenciais nidações de um embrião iniciando-se assim a gravidez. Caso a nidação não ocorra em aproximadamente duas semanas, o corpo lúteo involui, causando quedas abruptas nos níveis de progesterona e de estrogénio. Estas quebras indicam ao útero o momento para eliminar o óvulo e a sua membrana de revestimento, num processo designado por menstruação, terminando assim um ciclo.
Durante o ciclo menstrual, ocorrem também alterações nos sistemas fisiológicos, sobretudo no sistema reprodutivo, que podem dar origem a mastodinia ou alterações de ânimo. A primeira menstruação da mulher é designada por menarca e ocorre frequentemente por volta dos 12 ou 13 anos. A idade média da menarca é de cerca de 12,2 anos em Portugal, 12,5 anos nos Estados Unidos, 12,72 no Canadá, 12,9 no Reino Unido, e 13,06 ± 0,1 anos na Islândia. O fim da fase reprodutiva da mulher designa-semenopausa e ocorre normalmente entre os 45 e 55 anos de idade.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

                    Filo Chordata

                          O Filo Chordata é bastante diversificado
O Filo Chordata compreende indivíduos triblásticos, celomados e deuterostômios. Possuem circulação fechada, tubo digestório completo; tubo nervoso único, dorsal e oco; fendas faríngeas e cauda pós-anal. Podem apresentar simetria bilateral, crânio e endoesqueleto.

Este filo é dividido em três Subfilos: Urochordata, Cephalochordata e Vertebrata. Os dois primeiros são, didaticamente falando, denominados protocordados. Estes não possuem crânio e tampouco vértebras: cordados invertebrados.

Urocordados são sésseis quando adultos e possuem notocorda apenas na fase larval, localizada na cauda. Possuem corpo recoberto por uma túnica protetora e se alimentam de plâncton, filtrado pelas fendas branquiais.

Para a liberação de substâncias, água e gametas, o urocordado utiliza seu sifão anal (exalante); o sifão oral (ou inalante) permite a entrada de água. Possuem gânglios cerebrais e coração ventral. A reprodução pode ser assexuada, por brotamento, ou com fecundação externa, com larva livre-natante. Exemplo: ascídias, presentes em mares e costões rochosos.

Cefalocordados têm o anfioxo como representante. Este, tipicamente marinho, possui tentáculos denominados cirros bucais, auxiliando na captura de alimentos e impedindo a passagem de partículas grandes. Diferentemente das ascísias, a notocorda está presente por toda a vida do animal.

Esses indivíduos possuem fendas branquiais, onde ocorre a hematose, e a circulação é aberta. Possuem tubo neural. A reprodução é sexuada, com fecundação na água e desenvolvimento de larva.

Vertebrados possuem endoesqueleto ósseo ou de cartilagem, com vértebras que se desenvolvem na fase embrionária e podem ou não permanecer, sendo a presença de crista neural e dos anexos embrionários, características exclusivas deste subfilo.

Com mais de 50 mil espécies, os representantes vertebrados conquistaram os ambientes aquático, terrestre e aéreo. Peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos estão abrigados neste grupo.
                                    Sistema Endócrino
O que define a hora de o beber nascer?
O que determina que a mãe produza leite para alimentar o seu bebê?
O que indica que as pessoas não são mais crianças e se tornam adultos sexualmente maduros com características de machos e fêmeas?
O que coordena e integra as funções e as atividades do corpo?
Todas as funções e atividades do nosso corpo são coordenadas e integradas pelo sistema nervoso e pelo sistema endócrino (hormonal). O sistema endócrino é composto de várias glândulas que se situam em diferentes pontos do nosso corpo. Glândulas são estruturas que produzem substâncias que tem determinada função no nosso corpo.
                         As glândulas endócrinas e as suas funções
As glândulas endócrinas produzem e lançam no sangue substâncias reguladoras denominadas hormônios – estes, ao serem lançados no sangue, percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam.
Hipófise
A hipófise pode ser considerada a “glândula-mestre” do nosso corpo. Ela produz vários hormônios e muitos deles estimulam o funcionamento de outras glândulas, com a tireóide, as supra-renais e as glândulas-sexuais (ovários e testículos). O hormônio do crescimento é um dos hormônios produzidos pela hipófise. O funcionamento do corpo depende do equilíbrio hormonal. O excesso, por exemplo, de produção do hormônio de crescimento causa uma doença chamada gigantismo (crescimento exagerado) e a falta dele provoca o nanismo, ou seja, a falta de crescimento do corpo.


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Via respiratória

Vias respiratórias são assim denominadas as estruturas responsáveis pelo transporte do ar aos pulmões no organismo humano. Essas estruturas são anatomicamente separadas em:

  • Cavidade Nasal (nasofaringe)
  • Faringe
  • Laringe
  • Traquéia
  • Brônquios
  • Bronquíolos (respiratórios e terminais)
  • Alvéolos
O epitélio respiratório (pseudoestratificado, ciliado, não-queratinizado) é a mucosa que reveste boa parte do trato respiratório, estendendo-se das Cavidade Nasal até os brônquios. Esse muco é responsável pela filtração, aquecimento, e umidificação do ar inspirado. A filtração é possível graças à presença de muco secretado pelas células caliciformes e dos cílios que orientam seus batimentos em direção à faringe, impedindo a entrada de partículas estranhas no pulmão; enquanto o aquecimento é garantido pela rica vascularização do tecido, principalmente nas fossas nasais.
A traquéia é formada por anéis incompletos de cartilagem em forma de "C", feixes musculares lisos, uma capa interna de epitélio respiratório, e mais externamente de tecido conjuntivo que envolve todas essas estruturas. Inferiormente se subdivide e dá origem a dois brônquios que penetram no pulmão pelo hilo do pulmão.
Os brônquios, à medida que penetram no pulmão, vão sofrendo sucessivas ramificações até virarem bronquíolos terminais.

 

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Artérias e Veias e Capilares
Artérias
As artérias são vasos de paredes relativamente espessa e muscular, que transporta sangue do coração para os diversos tecidos do corpo. A maioria das artérias transporta sangue oxigenado (rico em gás oxigênio), mas as artérias pulmonares transportam sangue não oxigenado (pobre em gás oxigênio) do coração até os pulmões. A aorta é a artéria mais calibrosa (de maior diâmetro) do corpo humano.

Veias
As veias são vasos de paredes relativamente fina, que transportam sangue dos diversos tecidos do corpo para o coração. A maioria das veias transporta sangue não oxigenado, mas as veias pulmonares transportam sangue oxigenado dos pulmões para o coração. As veias cavas superior e inferior são as mais calibrosas do corpo humano. 

No esquema abaixo você pode ver o caminho percorrido pelo sangue em nosso corpo. Observe-o e acompanhe a explicação.
O sangue oxigenado é bombeado pelo ventrículo esquerdo do coração para o interior da aorta. Essa artéria distribui o sangue oxigenado para todo o corpo, através de inúmeras ramificações, como a artéria coronária, a artéria carótida e a artéria braquial.
Nos tecidos, o sangue libera gás oxigênio e absorve gás carbônico.  O sangue não oxigenado e rico em gás carbônico é transportado por veias diversas, que acabam desembocando na veia cava superior e na veia cava inferior. Essas veias levam então o sangue não oxigenado até o átrio direito. Deste, o sangue não oxigenado passa para o ventrículo direito e daí é transportado até os pulmões pelas artérias pulmonares.
Nos pulmões, o sangue libera o gás carbônico e absorve o gás oxigênio captado do ambiente pelo sistema respiratório. Esse fenômeno, em que o sangue é oxigenado, chama-se hematose.
Então, o sangue oxigenado retorna ao átrio esquerdo do coração, transportado pelas veias pulmonares. Do átrio esquerdo, o sangue oxigenado passa para o ventrículo esquerdo e daí é impulsionado para o interior da aorta, reiniciando o circuito.
Num circuito completo pelo corpo, o sangue passa duas vezes pelo coração humano.
 
Nesse circuito são reconhecidos dois tipos de circulação: a pequena circulação e a grande circulação.

Pequena circulação- Também chamada circulação pulmonar, compreende o trajeto do sangue desde o ventrículo direito até o átrio esquerdo. Nessa circulação, o sangue passa pelos pulmões, onde é oxigenado.
Grande circulação- Também chamada de circulação sistêmica, compreende o trajeto do sangue desde o ventrículo esquerdo até o átrio direito; nessa circulação, o sangue oxigenado fornece gás oxigênio os diversos tecidos do corpo, além de trazer ao coração o sangue não oxigenado dos tecidos.
Pelo que foi descrito, e para facilitar a compreensão:
  • A aorta transporta sangue oxigenado do ventrículo esquerdo do coração para os diversos tecidos do corpo;
  • as veias cavas (superior e inferior) transportam sangue não oxigenado dos tecidos do corpo para o átrio direito do coração;
  • as artérias pulmonares transportam sangue não oxigenado do ventrículo direito do coração até os pulmões;
  • as veias pulmonares transportam sangue oxigenado dos pulmões até o átrio esquerdo do coração.
Observe que, pelo lado direito do nosso coração, só passa sangue não oxigenado e, pelo lado esquerdo, só passa sangue oxigenado. Não ocorre, portanto, mistura de sangue oxigenado com o não oxigenado.
A separação completa entre esses dois tipos de sangue contribui para a manutenção de uma temperatura constante no nosso organismo. Sendo os tecidos irrigados por sangue oxigenado, não “misturado” com sangue não oxigenado, nossas células recebem uma quantidade suficiente de gás oxigênio, para “queimar” uma quantidade de alimentos capaz de fornecer o calor necessário para manter mais ou menos constante a temperatura do corpo.
Faça frio, faça calor, nossa temperatura interna permanece, em condições normais, em torno de 36,5 ºC.

Vasos capilares
Os vasos capilares – muito finos (são microscópicos) e permeáveis – estão presentes nos tecidos do corpo humano, cedendo nutrientes, gás oxigênio e hormônios às células. Além disso, recolhem gás carbônico e resíduos do metabolismo celular.
Há capilares arteriais e capilares venosos. As artérias se ramificam sucessivamente, formando vasos de calibres menores chamados arteríolas. Estas continuam se ramificando e formam os capilares arteriais.  Os capilares venosos, espalhados pelo nosso corpo, juntam-se até formar vênulas. As vênulas vão se unificando até formar as veias. Assim, o sangue circula em nosso organismo por um sistema fechado de vasos, pela continuidade dos capilares venosos e arteriais nos tecidos.
Sistema cardiovascular
O coração
O coração de uma pessoa tem o tamanho aproximado de sua mão fechada, e bombeia o sangue para todo o corpo, sem parar; localiza-se no interior da cavidade torácica, entre os dois pulmões. O ápice (ponta do coração) está voltado para baixo, para a esquerda e para frente. O peso médio do coração é de aproximadamente 300 gramas, variando com o tamanho e o sexo da pessoa.
Observe o esquema do coração humano, existem quatro cavidades:
  • Átrio direito e átrio esquerdo, em sua parte superior;
  • Ventrículo direito e ventrículo esquerdo, em sua parte inferior.
O sangue que entra no átrio direito passa para o ventrículo direito e o sangue que entra no átrio esquerdo passa para o ventrículo esquerdo. Um átrio não se comunica com o outro átrio, assim como um ventrículo não se comunica com o outro ventrículo. O sangue passa do átrio direito para o ventrículo direito através da valva atrioventricular direita; e passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através da valva atrioventricular esquerda. 
O coração humano um órgão cavitário (que apresenta cavidade), basicamente constituído por três camadas:
  • Pericárdio – é a membrana que reveste externamente o coração, como um saco. Esta membrana propicia uma superfície lisa e escorregadia ao coração, facilitando seu movimento ininterrupto;
  • Endocárdio – é uma membrana que reveste a superfície interna das cavidades do coração;
  • Miocárdio – é o músculo responsável pelas contrações vigorosas e involuntárias do coração; situa-se entre o pericárdio e o endocárdio.
Quando, por algum motivo, as artérias coronárias – ramificações da aorta – não conseguem irrigar corretamente o miocárdio, pode ocorrer a morte (necrose) de células musculares, o que caracteriza o infarto do miocárdio.
Existem três tipos básicos de vasos sanguíneos em nosso corpo: artérias, veias e capilares.