quinta-feira, 29 de maio de 2014

Porifera


A estrutura de uma esponja é simples: tem a forma de um tubo ou saco, muitas vezes ramificado, com a extremidade fechada presa ao substrato. A extremidade aberta é chamada ósculo, e a cavidade interior é a esponjocele. As paredes são perfuradas por buracos microscópicos, chamados óstios, para permitir que a água flua para dentro da esponjocele trazendo oxigênio e alimento.
A parede das esponjas é formada por duas camadas de células, com o interior formado pela matriz extracelular que, neste grupo, se denomina mesênquima.
As esponjas possuem vários tipos de células:
  • Pinacócitos, que são as células da pinacoderme (epiderme exterior), são finas e estreitamente ligadas.
  • Coanócitos, também chamadas "células de colarinho" porque têm um flagelo rodeado por uma coroa de cílios, revestem o esponjocele e funcionam como uma espécie desistema digestivo e sistema respiratório combinados, uma vez que os flagelos criam uma corrente que renova a água que as cobre, da qual elas retiram o oxigênio e as partículas de alimento. São muito semelhantes aos protistas coanoflagelados. São cobertos por microvilosidades.
  • Porócitos, que são as células tubulares que revestem os poros da parede e podem contrair-se, formando uma espécie de tecido muscular.
  • Archaeócitos (amebócitos) que se deslocam no mesênquima, realizando muitas das funções vitais do animal, como a digestão das partículas de alimento, o transporte de nutrientes e a produção de gametas. São células totipotentes, que podem se transformar em esclerócitos, espongiócitos ou colenócitos.
  • Esclerócitos (amebócitos), que são as células responsáveis pela secreção das espículas de calcário ou sílica, que residem na mesogléia.
  • Espongócitos (amebócitos), que são as células responsáveis pela secreção da espongina (fibras semelhantes ao colágeno), que formam o "esqueleto" do animal.
  • Miócitos são pinacócitos modificados, que controlam o tamanho do ósculo, a abertura dos poros e, consequentemente, o fluxo de água dentro da esponja.
  • As espículas são espinhos de carbonato de cálcio ou sílica, que são usadas para estrutura e defesa.
  • A mesogléia é uma matriz extracelular onde as células se estruturam.
As esponjas desenvolvem-se em três padrões básicos:
  • asconóide, que é o tipo mais simples - um simples tubo, com um canal central, chamado espongiocele. Muito pequeno e muito raro.
A batida dos coanócitos força a água da espongiocele até os poros, através da parede do corpo da esponja. Os coanócitos estão na parede da espongiocele e filtram os nutrientes da água.
  • siconóide são similares aos asconóides. Seu corpo se dobra sobre si mesmo, permitindo o crescimento do animal.
Têm um corpo tubular, com um ósculo simples, mas a parede do corpo é mais complexa do que a dos asconóides e contêm linhas radiais de coanócitos. A água entra por um grande número de "óstia" dermais e então é filtrada nos canais radiais. Então o alimento é capturado pelos coanócitos. Normalmente não formam as grandes e ramificadas colônias que os asconóides fazem. Durante o seu desenvolvimento, elas passam por um estágio em que são semelhantes a asconóides.
  • leuconóide
    , o caso mais complexo, em que a parede se dobra várias vezes, formando um sistema de canais. Esse é o tipo mais comum na natureza. Carecem de espongiocele, tendo, no entanto, câmaras contendo coanócitos.
O "esqueleto" das esponjas pode ser formado por espículas calcárias ou siliciosas, por fibras de espongina ou por placas calcárias. Algumas esponjas, na antiguidade, eram usadas pelos gregos, por serem mais resistentes, para polir ferro e metais. Já outras eram utilizadas pelos romanos para tomar banho ou para tomar vinho. Se banhava a esponja no vinho e espremia na boca.
O sistema digestivo é ausente. A alimentação se faz por meio da difusão intracelular nos coanócitos que fazem fagocitose. São seres filtradores. o sistema circulatório é ausente. Ocorre a difusão de substâncias entre as células.
Filo Cnidaria

Ao redor da abertura os celenterados ostentam um anel de tentáculos com células urticantes, os cnidócitos, capazes de injetar um minúsculo espinho, o nematocisto que contém uma toxina ou material mucoso. Estes "aparelhos" servem não só para se defenderem dos predadores,mas também para imobilizarem uma presa, como um pequeno peixe, para se alimentarem - os cnidários são tipicamente carnívoros. Algumas células da gastroderme da cavidade central, o celêntero, segregam enzimas digestivas, enquanto que outras absorvem a matéria digerida. Na mesogleia, encontram-se dispersas células nervosas e outras com função muscular que promovem o fluxo de água para dentro e fora da cavidade central.
Os cnidários apresentam polimorfismo, ou seja, possuem duas formas corporais possíveis: o pólipo e a medusa.os pólipos têm corpo cilíndrico e podem viver fixos a um substrato ou se locomoverem através de cambalhotas. A boca é situada na região superior, rodeada de tentáculos, com grande concentração de cnidócitos. Já as medusas são planctónicas; sua boca se situa no centro da face inferior do corpo, que também é rodeada de tentáculos urticantes de efeito paralisante em pequenos animais, funcionando como forma de predar ou como maneira de se defender.
Os cnidários são diblásticos, protostômios e com simetria radial. Podem formar colônias como é o caso das caravelas e dos corais.
células mioepiteliais:são as células mais abundante no corpo dos cnidários,e são consideradas por muitos autores células músculares.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Descubra os riscos de lavar as mãos com sabão antibacteriano

Desde pequeno, nós somos ensinados a lavar as mãos antes de comer. “Não quer ficar doente? Lave as mãos com sabonete antibacteriano”. Além dos incentivos dos pais, nos comerciais tradicionais sempre vemos uma família feliz da vida “eliminando 99,9% dos germes” com esse tipo de produto. E se dissermos para você que, na verdade, esse tipo de sabão é muito perigoso para a saúde e que não serve para nada?
Provavelmente, toda vez que você lava as mãos utilizando um sabonete antibacteriano você deve se sentir bem, pois está removendo as bactérias e sendo alguém mais saudável. Mas dê uma olhada na embalagem e verá que o produto possui triclosan – um elemento químico que pode atrapalhar nas funções musculares em humanos.
Uma pesquisa publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences sugere que o triclosan atrapalha nas contrações musculares em nível celular, além de inibir as funções musculares de peixes e camundongos. Isaac Pessah, um dos pesquisadores, concedeu uma entrevista à revista Smithsonian, na qual informou:
“O triclosan é encontrado praticamente em toda casa e ambiente. Essas descobertas forneceram fortes evidências de que o químico é um sério problema, tanto para a saúde humana quanto ambiental”.
O estudo investigou, em laboratório, como o triclosan afeta as células musculares do coração e do esqueleto humano. Eles descobriram que o elemento interfere na comunicação entre as proteínas, as quais permitem que os músculos funcionem resultando assim na falha em ambos os tipos de células. Para comprovar a teoria, eles fizeram experimentos com camundongos e peixes.
Nos ratos demonstrou-se 25% de redução nas funções do coração, além de uma diminuição de 18% na força de preensão. Fora isso, após a exposição ao triclosan, os peixes se tornaram nadadores menos eficazes.

Então o que fazer?

Não há como negar que o componente químico traz malefícios às funções musculares, sendo que os cientistas estão realmente preocupados com os riscos que ele pode acarretar à saúde. Nipavan Chiamvimonvat, outro dos pesquisadores, informou:
“Os efeitos do triclosan nas funções do coração foram realmente drásticos. Embora o componente não seja regulamentado como uma droga, ele agiu como um calmante potente no coração de nossas cobaias”.

Um componente suspeito

O mais estranho é que os órgãos licenciadores do componente triclosan nunca provaram que ele possui mais benefícios ao usuário do que o sabonete comum. Segundo uma publicação feita no próprio FDA:
“Nós não recebemos nenhuma evidência de que o triclosan fornece algum benefício extra para a saúde. Até o momento, a agência não possui nenhuma evidência que o componente aplicado em sabonetes antibacterianos e em produtos de lavagem oferece vantagem sobre os sabonetes comuns e a água”.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

                                  Sistema Imunitário


sistema imunitário ou sistema imunológico ou ainda sistema imune é um sistema de estruturas e processos biológicos que protege o organismo contra doenças. De modo a funcionar corretamente, o sistema imunitário deve detectar uma imensa variedade de agentes, desde os vírus aos parasitas, e distingui-los do tecido saudável do próprio corpo.
Os agentes patogénicos podem rapidamente evoluir e adaptar-se de modo a evitar a detecção e neutralização por parte do sistema imunitário, pelo que os vários mecanismos de defesa também evoluíram no sentido de os reconhecer e neutralizar. Até mesmo os simples organismos unicelulares possuem um sistema imunitário rudimentar, na forma de enzimas que os protegem de infecções porbacteriófagos. Outros mecanismos imunitários básicos acompanharam a evolução dos eucariotas e estão hoje presentes nos seus descendentes contemporâneos, como as plantas e os insectos. Entre estes mecanismos estão a fagocitose, os peptídeos antimicrobianos designados defensinas, e o sistema complemento. Os vertebrados mandibulares, entre os quais o ser humano, desenvolveram mecanismos de defesa ainda mais complexos,os quais a capacidade de ao longo do tempo se adaptarem para reconhecer de forma eficiente agentes patogénicos específicos. Através da imunidade adquirida, o organismo cria memória imunitária na sequência de uma resposta inicial a um agente específico, o que lhe permite responder de forma mais eficaz a novos ataques pelo mesmo agente. O processo de imunidade adquirida é a base da vacinação.
Os transtornos do sistema imunitário podem levar ao aparecimento de doenças autoimunes, inflamações e cancro.Aimunodeficiência verifica-se quando a actividade do sistema imunitário é inferior ao normal, o que está na origem de infecções recorrentes e onde existe risco de vida. No ser humano, a imunodeficiência pode ser consequência de uma doença genética, de uma condição adquirida como o VIH/SIDA, ou do uso de imunossupressores. Por oposição, a autoimunidade é a consequência de um sistema imunitário hiperactivo que ataca tecido normal como se fosse um agente externo, como é o caso da artrite reumatóide ou a diabetes de tipo 1. A imunologia é a área científica que estuda todos os aspectos do sistema imunitário.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Doenças causadas por Protozoários


Os
 protozoários são agentes causadores de muitas doenças, entre as principais podemos destacar
  



Amebíase

É uma doença causada pelo protozoário Entamoeba histolytica. Ela entra no organismo humano por meio de alimentos ingeridos que foram mal lavados e continham os cistos (forma que o protozoário adota quando está fora de um organismo).

Doença de Chagas

A doença de chagas é transmitida pelo barbeiro, um inseto encontrado em várias partes do Brasil. O protozoárioTrypanosoma cruzi passa para o corpo humano quando o barbeiro pica o organismo em busca de sangue. Após a sucção, o barbeiro libera suas fezes na pele, causando coceira. Ao coçar, o indivíduo acaba por jogar as fezes infectadas do barbeiro em sua corrente sanguínea.

Giardíase

É causada pelo protozoário Giardia lamblia, encontrado forma cística em alimentos e na água contaminada. Essa doença causa a diminuição da absorção de nutrientes de todo o trato digestivo, podendo levar até a desnutrição. Tem como sintomas a cólica, náuseas, diarréia, etc.

Leishmaniose

Os protozoários do gênero Leishmania são os causadores da leishmaniose, que é transmitida por mosquitos. O principal sintoma são feridas em mucosas da pele. Existe uma forma mais grave, conhecida como Leishmaniose Visceral ouCalazar.

Malária

Uma doença histórica, é transmitida pelo mosquito Anopheles que possui em seu organismo protozoários do gêneroPlasmodium. Os sintomas dessa doença são febre alta, dor de cabeça, cansaço, entre outros.

Toxoplasmose

Transmitida por animais domésticos que possuem em seu organismo o protozoário Toxoplasma gondii. É uma doença que pode ser assintomática ou causar dores de cabeça, febre, aparecimento de ínguas (gânglios linfáticos inchados), etc.

Tricomoníase

Causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, a tricomoníase é transmitida principalmente pelo contato sexual, mas pode ser passada também por roupas, toalhas e assentos sanitários contaminados. 

segunda-feira, 19 de maio de 2014

                          Cálcio



O cálcio é um nutriente fundamental para o crescimento e a manutenção de funções do nosso organismo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, um adulto precisa ingerir 800mg de cálcio por dia.

Só para se ter uma idéia, um litro de leite tem entre 900 e 1200mg/L, mais de 100% das necessidades diárias recomendadas.

Uma das funções do cálcio é manter as estruturas ósseas rígidas. Aliás, 90% do cálcio no organismo humano fica justamente nas estruturas. O restante está distribuído pelo corpo, para contrair e relaxar as fibras musculares.

O consumo diário de alimentos ricos em cálcio pode evitar doenças sérias, como o raquitismo e a osteoporose. Essas doenças ocorrem quando há carência de cálcio, obrigando o organismo a retirá-lo dos ossos,
enfraquecendo-os.

Em função disso, a gestante deve reforçar os cuidados com a alimentação e consumir bastante cálcio, para fornecê-lo não só para o seu organismo, mas também para o do bebê. Neste caso, o ideal são três copos de leite ao dia.

Durante a fase de amamentação, a mulher deve tomar ainda mais leite: quatro copos diários. Essa mesma recomendação, vale também para a menopausa, para a ajudar a repor o cálcio perdido nessa fase.

Para uma melhor absorção do cálcio, o leite deve ser tomado puro. Isto porque a cafeína presente no chá e no café "seqüestra" o cálcio, diminuindo a sua absorção.

Apesar de todos os benefícios do leite, algumas pessoas não podem tomá-lo, porque seu organismo não fabrica a lactase: uma enzima que quebra o açúcar do leite.

Quem não tem esta enzima não consegue digerir o leite e pode ter distúrbios intestinais. Este tipo de problema, entretanto, não ocorre com os derivados do leite, como iogurtes, por exemplo, já que durante a fermentação são produzidos elementos que substituem a ação da enzima e quebram a lactose.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Algas
Nos sistemas aquáticos marinhos, existe uma comunidade formadora de uma verdadeira floresta. Ela é constituída por inúmeros protistas conhecidos simplesmente por algas. Assim como as florestas terrestres, essa comunidade aquática contribui para o abastecimento do oxigênio da biosfera.

O habitat e a Importância das Algas
Sob a denominação algas enquadram-se diversos grupos de protistas diferentes entre si, mas que mantém uma característica em comum: são todos eucariontes, autótrofos fotossintetizantes dotados de clorofila.
Existem algumas algas formadas apenas por uma célula. Outras são organizadas em diferentes tipos de colônias. E ainda há as que são macroscópicas pluricelulares, sem, porém formar tecidos ou órgãos. O corpo de uma alga é um talo, ou seja não possui raiz, caule ou folha, mesmo que seja gigante.
Embora sejam encontradas no meio terrestre úmido, é nas águas doces e no mar que as algas são mais abundantes.
No meio aquático, dependendo do local onde vivem, podem constituir comunidades conhecidas como fitoplâncton e fitobentos.
O fitoplâncton é uma comunidade formada principalmente por numerosas microalgas que flutuam livremente ao sabor das ondas. São importantes produtoras de alimento orgânico e liberam oxigênio para a água e a atmosfera. Constitui a base das cadeias alimentares aquáticas, formando o que se denomina "pasto marinho".
O fitobentos é uma comunidade de algas, em geral macroscópicas (algumas atingem dezenas de metros) fixas no solo marinho (principalmente em rochas).
- Reprodução Assexuada
Nas algas há dois tipos básicos de reprodução assexuada:
  • divisão binária: comum nas formas unicelulares, que ocorrem à mitose para efetuar a divisão da célula.
 

  • zoosporia: comum em algas multicelulares aquáticas. Cada zoósporo, dispersando-se pelo meio, é capaz de gerar nova alga.
Reprodução Sexuada
Os gametas e os ciclos reprodutivos:
Em muitas algas aquáticas há a produção de gametas que, fundindo-se, originarão zigotos. Esses zigotos, após curto período de dormência, sofrem meiose com produção de quatro células (zoósporos). Cada uma dessas células originará nova alga, necessariamente haplóide. Note que, neste caso temos um ciclo reprodutivo no qual o organismo adulto é haplóide.
O ciclo é chamado de haplobionte (ou haplonte). A meiose ocorre na fase de zigoto, sendo chamada zigótica. Também é chamada de meiose inicial, uma vez que cada célula iniciará a formação de novo organismo adulto.


Em outras algas, a geração adulta é diploide e produz gametas por meiose. Do encontro de gametas, na fecundação, surge um zigoto que acaba originando um adulto diplóide. O ciclo reprodutivo é diplobionte (ou diplonte). A meiose é gamética, pois serviu para formar gametas. Também é chamada de meiose final por que ocorre no fim do período de desenvolvimento do indivíduo adulto diplóide.


terça-feira, 13 de maio de 2014

Esqueleto axial

esqueleto axial consiste de 80 ossos na cabeça e tronco do corpo humano. Ele é composto por cinco partes: o crânio humano, osossículos do ouvido médio, o osso hióide da garganta, a caixa torácica e a coluna vertebral. O esqueleto axial também é caracterizado pela função de sustentação do corpo.
esqueleto axial e o esqueleto apendicular formam juntos o esqueleto.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

            Crescimento e remodelação dos ossos

 

O crescimento dos ossos consiste na formação do tecido ósseo novo, associada à reabsorção parcial de tecido já formado. Deste modo, os ossos conseguem manter sua forma enquanto crescem.

                      Fraturas

Nos locais de fratura óssea ocorre hemorragia, pela lesão dos vasos sanguíneos, destruição da matriz e morte de células ósseas.
Macrófagos removem o coágulo sanguíneo, restos de células e restos da matriz para que se possa começar o reparo da fratura. O periósteo e o endósteo próximos à área de fratura respondem com uma intensa proliferação, formando um tecido muito rico em células osteoprogenitoras que constitui um colar em torno da fratura e penetra entre as extremidades ósseas rompidas. Esse processo se desenvolve de modo a aparecer um calo ósseo após algum tempo.
As trações e pressões exercidas sobre o osso durante a reparação da fratura, e após o retorno do paciente a suas atividades normais, causam a remodelação do calo ósseo e sua completa substituição por tecido ósseo lamelar. Se essas trações e pressões forem idênticas às exercidas sobre o osso antes da fratura, a estrutura do osso volta a ser a mesma que existia anteriormente; é exatamente essa uma das principais funções das sessões de fisioterapia recomendada para pacientes que sofreram fraturas. Ao contrário dos outros tecidos conjuntivos, o tecido ósseo, apesar de ser duro, repara-se sem a formação de cicatriz.

Papel metabólico do tecido ósseo

O esqueleto é a reserva de cálcio dos vertebrados, contendo mais de 90% desse íon em sua composição inorgânica. A concentração deste no sangue (calcemia) deve ser mantida constante para o funcionamento adequado do organismo. Há um intercâmbio contínuo entre os íons cálcio do sangue e dos ossos. Quando nos alimentamos, esse íon é absorvido da comida para a corrente sanguínea e rapidamente é depositado nos ossos. De forma inversa, quando há diminuição da calcemia o cálcio dos ossos é mobilizado para o sangue.
Essas transferências de íons cálcio entre esses dois tecidos (o sangue também é considerado um tecido) podem ocorrer de maneira espontânea, por difusão simples, ou podem ser mediadas por um hormônio das glândulas paratireoides, o paratormônio, e um outro hormônio da tireoide, a calcitonina.

 


 


Tecido ósseo

O tecido ósseo é o constituinte principal do esqueleto dos vertebrados; serve de suporte para as partes moles do corpo; protege órgãos vitais; aloja e protege a medula óssea; proporciona apoio aos músculos esqueléticos, transformando suas contrações em movimentos úteis, e constitui um sistema de alavancas que amplia as forças geradas pela contração muscular. Além dessas funções, os ossos funcionam como depósitos de cálcio, fosfato e outros íons, armazenando-os ou liberando-os de maneira controlada, para manter constante a concentração desses importantes íons nos líquidos corporais.
O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por células e uma matriz extracelular calcificada, a matriz óssea. A única forma de nutrição dessas células é através de canalículos por onde passam capilares já que a matriz calcificada não permite a difusão de substâncias até as células.
Todos os ossos são revestidos em suas superfícies externas e internas por membranas conjuntivas que possuem células osteogênicas (ou seja, células que atuam na formação óssea), o periósteo e o endósteo, respectivamente.


Células


Osteócitos são as células encontradas no interior da matriz óssea , ocupando as lacunas das quais partem em pequenos espaços que se formam entre as células dos ossos, em outras palavras canalículos. Cada lacuna contém apenas um osteócito. Dentro dos canalículos os prolongamentos dos osteócitos estabelecem contatos através de junções comunicantes, por onde podem passar pequenas moléculas e íons de um osteócito para outro.

Osteoblastos são as células que sintetizam a parte orgânica - como o colágeno tipo I - da matriz óssea além de participar da mineralização desta. Dispõem-se sempre nas superfícies ósseas, lado a lado, num arranjo que lembra um epitélio simples. Uma vez aprisionado pela matriz recém-sintetizada o osteoblasto passa a se chamar osteócito. A matriz se deposita ao redor do corpo da célula e de seus prolongamentos, formando assim as lacunas e os canalículos respectivamente

Osteoclastos são células móveis, gigantes, multinucleadas e extensamente ramificadas. São as células responsáveis pela remodelação óssea que ocorre ao longo do crescimento de um osso ou em condições que favoreçam a reabsorção óssea, como a osteoporose ou a remodelação de uma região de fratura. Ficam localizados em regiões chamadas lacunas de Howship e podem ser requisitados para outras regiões do osso de acordo com a necessidade, guiando-se através de quimiotaxia.